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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Caruaru pode receber fábrica de empresa multinacional

Do JConline

Executivos da multinacional americana Procter & Gamble (P&G) desembarcam nesta quarta (16) em Caruaru, no Agreste do Estado, para analisar a cidade como possível destino para duas fábricas orçadas em R$ 50 milhões.  Atuando em diversos segmentos (lâminas Gillette, fraldas Pampers, Pantene, Oral-B, Duracell etc.), o grupo pretende instalar sua indústria numa área de 10 hectares. A P&G quer instalar uma planta para produzir a batata frita Pringles e outra apenas para a confecção das embalagens cilíndricas do produto. As duas unidades, quando em funcionamento, irão criar 450 empregos diretos.

O investimento seria feito, inicialmente, no Estado de Goiás. As obras das fábricas chegaram a começar quando foram detectados problemas com o abastecimento de água na região. Diante do entrave, a empresa caiu em campo para encontrar, o mais rápido possível, um novo destino para os empreendimentos.

Pesam a favor da cidade pernambucana a disponibilidade de terrenos nas duas etapas do Distrito Industrial (que hoje possui 100 empresas instaladas), a oferta regular de água e a posição privilegiada, próximo às rodovias BR-232 e 104 (que passa atualmente por obras de duplicação). Procurado pelo JC, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, confirmou o encontro e adiantou que serão discutidos nesta quarta (16) benefícios como a cessão da área, isenção no pagamento do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) e outros descontos fiscais oferecidos pelo governo do Estado. Também participarão da reunião representantes da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

“Eles irão conferir as condições estruturais do nosso Distrito, mas já manifestaram interesse real em se instalarem aqui. A ideia é deslocarem para cá tudo o que hoje está em Goiás”, acrescentou o prefeito. Correndo contra o tempo – se batido o martelo por Caruaru – as obras de terraplenagem devem começar, no máximo, em janeiro de 2012.

Ainda não está definido se serão as futuras unidades contarão com uma linha de produção completa das batatas. É possível que sejam voltadas para apenas um processo de beneficiamento, como a adição dos oito sabores vendidos no Brasil, por exemplo. O mesmo vale para as latas utilizadas como embalagens, que poderão receber somente os rótulos e tampas na possível planta pernambucana. As fábricas serão destinadas ao abastecimento de todo o mercado nacional.

A Pringles é a maior marca de batatas fritas do mundo, presente em 140 países e com mais de 45 anos. A P&G possui plantas fabris do produto espalhadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Atualmente, segundo informações divulgadas pela multinacional aos seus investidores, a América do Sul é a região onde as vendas de Pringles mais crescem no planeta.

O possível investimento em solo pernambucano acontece em meio as negociações de venda da marca Pringles para a gigante do mercado norte-americano de aperitivos Diamond Foods (dona de marcas pouco conhecidas no Brasil como a linha de batatas fritas Kettle ou de lanches a base de nozes Emerald).

Em abril deste ano, a P&G anunciou a transação, que atingirá a cifra de US$ 2,4 bilhões. A estimativa inicial era de que até dezembro a negociação estivesse concluída, porém, comunicados aos acionistas divulgados na semana passada informaram que o processo só deverá ser concluído em junho de 2012.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da P&G no Brasil por telefone e e-mail para comentar o investimento, mas, devido ao feriado de ontem não obteve retorno.

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